Mais uma eliminação em casa
- Updated: 5 de Maio de 2016

Futebol tem dessas coisas. De sensação à decepção a linha é muito tênue, e o Corinthians não aprendeu ainda a lição. A raiva ainda está entalada na garganta, e foi difícil dormir do jeito que ficou o coração. A Fiel fez sua parte, e não merecia passar por tamanha decepção em casa novamente.
O cenário estava favorável: festa no estádio lotado como todo torcedor alvinegro gosta. Gritos de incentivo não faltaram, só que o futebol não correspondeu. O nervosismo em jogadores não tão “cascudos”, como o próprio Tite comentou anteriormente, ficou nítido. Sentiam a pressão, tremiam as pernas. Bruno Henrique mostrou novamente que não pode ser volante do Corinthians, e Rodriguinho deletou qualquer possibilidade de crença em um bom futebol, decisivo, vindo de seus pés.

É, André, tem que se envergonhar
Ficamos duas vezes atrás no placar, mais uma vez, assim como contra o Audax. E ironicamente, buscamos o empate nas duas ocasiões, mas pouco adiantou. Estamos fora da Libertadores! Já caiu a ficha em você? E cair em Itaquera novamente foi o que faltava para a sina de má sorte na própria casa se instalar. Agora temos que aguentar toda a papagaiada dos rivais com provocações sobre a Arena, e vamos falar o quê? Só de escrever já fiquei com um sorriso amarelo…
Sejamos sensatos: o Corinthians não é nenhum Real Madrid. Título de Libertadores era um sonho quase utópico, mas existia! E o Nacional, por mais raçudo e experiente, não era tudo isso. O Corinthians tem (tinha, que desastre) condição de ganhar do Nacional, mas o que acontece? É o peso de uma eliminatória? É uma noite de má sorte? É culpa de alguém específico?
De tantas dúvidas, uma certeza me resta: André se queimou batendo com paradinha aos 38 do segundo tempo. Os deuses do futebol deram a faca e o garfo e André não quis comer! Porra, fecha o olho e enfia o pé, cara! Eu preferia ver essa bola na arquibancada do que agarrada porque aquele goleiro cheio de cera. Ficar com a indagação do “se tivesse feito” na cabeça é a pior sensação do mundo. Não pode, não pode!
O time é bom, talvez razoável, e precisa de reforços. Confio em Tite, que mesmo teimoso em alguns instantes relembrou o velho ‘Tite Teimoso’ como tão bem conhecemos, tem condições de formar um time forte e brigador para qualquer competição que competimos. Mas está na hora de vencer, em eliminatórias de preferências. Libertadores só ano que vem, meus caros…